quarta-feira, 27 de novembro de 2013

#SQN


Tem gente que acha que é inteligente, mas não é. Gente que se faz de burro, mas ta só de olho.
Tem gente que acha que manda, e gente que finge que obedece.
Gente que cai na própria mentira. E continua sendo falsa mesmo assim, achando que ta enganando.
Tem aquelas pessoas que acham que são capas de revista. Aqueles que se alimentam de elogios. 
Gente que anda de carro zero, mas tem dívida até o pescoço. Não consegue nem comprar uma coxinha de queijo no bar da esquina.
Conheço pessoas que falam que estão gordas, só para ouvirem que estão magras. 
Tem quem mendigue atenção, e tem aqueles que chamam a atenção de graça. Sem precisar fazer graça.
Há aqueles que passam desapercebidos. E aqueles que são o centro da conversa.
Tem aqueles que postam fotos da comida japonesa, mas no dia a dia tem vergonha do arroz e feijão.
Quem se importa, fala que não está nem aí. E o que é importante acaba sendo ignorado.
Ah! Temos o clássico: A pessoa que fala que nem lembra do ex, mas dá sempre aquela espiadinha e aquela "conferida" pra saber o que o tal dito cujo está aprontando, E tem aquele que quando você pergunta do fulano ele responde: -" Quem ?" E não sabe mesmo. 
São muitas cenas assim que preenchem as horas do dia, os murais do facebook, as conversas de corredor.
Todos vem e não enxergam.
Escutam, mas não ouvem.
Ou então percebem e compartilham. 
Tem também essa pseudo escritora, que acha que sabe fazer um post interessante. Mas não sabe. Ou sabe. Ou vai saber... 
Será que é só o meu ego querendo uns comentários fáceis, ou então meu lado dramático acordando e dando um tapa na cara da sociedade?


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

O livro que eu não escrevi #2

Aquela que foi sua casa durante muitos anos, estava mais aconchegante do que nunca. Flores e arandelas nas paredes, formando lindos arranjos, algumas velas acesas, em candelabros dourados. Um perfume delicioso de lírios infestava o ambiente. Pétalas de flores silvestres coloriam o caminho em que ela pisava.
Era uma manhã linda de sábado. O friozinho típico de outono com aquele sol brilhante maravilhoso em contraste com o céu tão azul que parecia uma pintura.
Sua barriga pulava igual pipoca na panela. As borboletas do seu estômago estavam saltitantes naquele dia importante.
Subiu os degraus, não estava ouvindo nada, apesar de saber que havia música. O silêncio de seus pensamentos doía. Viu muitos rostos conhecidos, sorrindo emocionados para ela. Andou reto, equilibrando-se em seus saltos de brilhantes, de mãos dadas com o pai, sem saber por que estava sorrindo, anestesiada, contagiada. Estava alegre, nostálgica e inebriada.
E por apenas um instante, ela suspirou.
A garota que foi vestida de bailarina a uma festa do jardim de infância. Será que essa garota ainda existia dentro dela?
As brincadeiras de pega esconde, pular corda, pião.
Aquele tombo de bicicleta que estava gravado com uma bela cicatriz em seu joelho. Estava tudo ali. Bem na sua frente.
Os finais de semana no sítio dos avós, comendo maracujá do pé fazendo cara feia. Roubando amora da chácara vizinha. E correndo dos cachorros que tentavam pegá-la por estar invadindo território privado.
As noites sem dormir observando a mãe trabalhar até tarde pela fresta de sua porta do quarto de dormir.
O abraço gostoso de seu pai quando o time dele fazia gol no campeonato de futebol.

 O primeiro beijo, roubado do garoto com o qual ela sonhava acordada.
As primeiras espinhas da adolescência, que nasceram junto com os primeiros fios de cabelo branco de sua mãe.
As tardes estudando para passar no vestibular. E o dia da sua formatura no curso de Direito.
O dia em que contou para o pai que largaria tudo para estudar Artes Plásticas.

As muitas telas que eram brancas, foram ficando coloridas. E o que era vazio se enchia de felicidade.
Chegou o dia em que ele pegou em sua mão, e prometeu nunca mais largar. Sim, aquele cara que ela jurava que nunca ia perceber que ela existia.
O medo de não dar certo. A alegria pura e verdadeira que emanava de seus poros quando estava com ele.
E a risada alta e gostosa que ele dava quando ela fazia alguma trapalhada? Indescritível.
A primeira viagem internacional, para estudar os artistas mais importantes do mundo, dentro do seu campo de interesse. A saudade que apertava seu coração a cada dia que ficava sem ele.

Todos os anos da sua vida estavam bem ali, desfilando na sua frente.
E então ela abriu os olhos olhou para os olhos dele e disse : - Sim, eu aceito.
Todos aplaudiram, e agora que estavam casados, tinham o felizes para sempre pela frente.
Como se pudesse ser mais feliz, do que já era.

domingo, 11 de agosto de 2013

Quem não vive de utopia, não muda o mundo.

"Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Somos todos iguais
Braços dados ou não
Nas escolas, nas ruas
Campos, construções
Caminhando e cantando
E seguindo a canção

Vem, vamos embora

Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer"  (Pra Não Dizer Que Não Falei Das Flores
Geraldo Vandré)


Tá, vou explicar do começo.

(Uma inspiração para escrever ontem, surgiu de uma conversa entre amigos, pós rolê de sábado à noite.
Algumas ideias já estavam perdidas há um tempo nos meus rabiscos, mas eu ainda não tinha um contexto definido para discutir).

Utopia pode ser definido como um sonho não realizado. Uma esperança, talvez.

A geração Coca-Cola já cantava que nascemos programados. Programados para quê?
Para engolir sem mastigar. A informação está aí, mas .. Você busca informação? Tem opinião? Reflete sobre o que lê/ouve?
Ou espera alguém tomar alguma atitude para sair do lugar? 
É você espera. 

Eu cresci ouvindo paradigmas. Que como a própria definição explica: devem ser respeitados. Mas quem disse que não podem ser discutidos?
Vamos refletir sobre o comportamento musical atual dos jovens que são o futuro da nação. (quero deixar claro que não estou julgando, estou abrindo espaço para uma discussão, preciso e quero outras opiniões)
Hoje, vejo as pessoas tão volúveis. 
Um dia gostam de pop. Mas aí a moda vem e te manda dançar forró universitário. Trocou o ano, e virou sertanejo universitário. 
Como diria um amigo: Que p*** de universitários são esses? Que raio de música está fazendo a cabeça desse povo?

De repente todos os caras bregas, que cantavam as músicas de "corno" ficaram legais. As muitas duplas fabricadas surgiram para faturar milhões de reais, falando sobre balada, pegação e cerveja, ao invés das letras de amor, que costumavam arrastar multidões.

A geração Tche Tche Rere Tche Tche não está muito preocupada com o que está cantando/dançando. Não nego que o ritmo anima a galera, e faz com que todos entrem no clima. Mas e as letras? E o sentido?
Música é uma forma de arte, para expressar o que uma pessoa está sentindo naquele momento. Algumas são pura arte, outras lixo.
Umas dão certo, e estouram. Outras, nunca serão ouvidas.

Fico pensando... existem tantos gêneros musicais que duram décadas, com letras importantes, que meus pais ouviam, e que ainda fazem muito sentido.

Quando a letra muda uma geração, ela fica marcada.

Pense no que você quer lembrar daqui 10, 20 anos.

Para mudar o mundo, comece mudando seu pensamento. Coloque mais sentimento no que faz.


segunda-feira, 22 de julho de 2013

Templo

Eu sou assim: um gesto, uma palavra e até criticas me inspiram.
Nesta semana uma pessoa começou a discursar sobre a JMJ (Jornada Mundial da Juventude) e após um longo monólogo, virou para mim e disse: "Mas sei lá né Rita, você não entende nada disso, você não frequenta a igreja."
Tapa na cara? Critica? Não....Respirei fundo, dei uma risadinha com cara de "caneca" e fiquei na minha.
Me reservei ao direito de ficar calada. Mas a ideia está martelando nos meus pensamentos, bem agora!
E nada melhor do que meu querido blog, para despejar meus pensamentos!

Como assim eu não vou à igreja ? Se nós mesmos somos a nossa própria igreja?

Consultando minha amiga, a Wikipédia: "No contexto bíblico, o termo igreja pode designar reunião de pessoas, sem estar necessariamente associado a uma edificação ou a uma doutrina específica".

Pelo o que eu entendi, uma reunião de pessoas... Se eu me reunir com Jesus, já sou uma igreja.
E também está escrito lá, que não precisa ser em uma edificação.
Pronto.
Falo com "ELE" todos os dias. Para pedir, para agradecer, as vezes só para conversar.
Precisa mais do que isso?
Sou católica "não praticante".
Mas sempre que  me dá vontade, vou a igreja, aquela "física". O Templo.
Este ano fiz a Páscoa do início ao fim, em Pentecostes, (incrível eu saber que a Páscoa termina em Pentecostes, se "não frequento a igreja" né?) fiz meu jejum de 40 dias, abrindo mão de algo que gosto muito.
Não faço disso uma obrigação, não participo de grupos, e caminhos.
Assisti a cobertura completa da chegada do Papa Francisco ao Brasil. E me emocionei, com este homem simples, que disse que não trouxe prata e ouro, somente Jesus Cristo. (Que é exatamente o que me interessa).
Cá entre nós, ele trouxe o que estamos precisando mesmo: simplicidade e amor no coração.

Respeito a opinião de todos, não sou contra nenhuma religião, DEUS para mim é um só.
Afinal, sou daquele time "somente Jesus pode me julgar".

Quem não tem teto de vidro, que atire a primeira pedra!

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

De repente ..... 30!

Isto é um post clichê? Talvez.

Um número está me seguindo desde agosto do ano passado.
Em 2012 fiz 29 anos. O último ano dos meus "20 e poucos anos".
Deprimente? Nem um pouco!
Nem imaginava que poderia estar tão bem comigo mesma, quanto estou à beira dos 30. (30... Como um número pode soar tão forte quando pronuncio sabendo que estou falando de mim?)

Ainda ouço elogios quando revelo minha idade a novas pessoas. (E faz um bem pro ego!!) Tem gente que "Juuuuura" que tenho no máximo 25. Mas daí encho a boca, e com um sorriso orgulhoso anuncio: Tenho 29.

A parte mais legal dos meus 29 anos anos (pra não falar quase 30), é olhar para trás e ver o que me trouxe até aqui.
Nos meus 20 e poucos anos eu deixei a adolescência para trás, e cresci.
Aprendi um bocado de coisas, trabalhei em vários lugares, conheci muita gente. Teve gente que ficou até hoje. Tem gente que não lembro que existiu.
Tive experiências incríveis e me diverti a beça.
Aprendi a ser mais mulherzinha e abandonei o jeans rasgado e a camiseta preta. (Tá, nem tanto vai, já que hoje estou com um jeans surrado, e all star....)
Agora sou uma mulherzinha cheia de vestidinhos, charminhos e frescurinhas.

De menina passei para mulher. (Será que vou ter que trocar meu "eu virtual"? De "meninacomsono" para "mulhercomsono" ???)
Fiz escolhas. Tomei muitas decisões. Fiz planos alguns deles foram por água abaixo! E alguns deles estão se realizando, o que me ensina que nunca devo deixar de sonhar e planejar.
Viajei, fui a quase todos os shows que eu queria, sai muito. Fiquei muito mais ainda em casa.
E tem o lado ruim também claro: Não aprendi a nadar, não sei andar de bicicleta, não sei ver as horas em relógio analógico e o pior: ainda tenho medo de palhaço e de injeção.

Mas é claro que muitas coisas que não fiz nos meus 20 e poucos anos . Vou deixar para os 30.
Afinal, segundo uma velha amiga, fazer 30 anos é fazer 15 anos "parte 2".
Estou muito mais madura do que aos 15. E tenho o mesmo jeito de menina, às vezes inocente, às vezes insegura, com um mundão pela frente, cheio de vida e desafios me esperando.
Eu visto meu melhor vestidinho, passo meu rímel e caminho sorrindo cantando minha música favorita, sem medo de olhar pra trás.

"Que venham os 30 !! "

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Adeus ano velho

Não costumo fazer balanços anuais.
Mas este ano mereceu um.

Ano difícil esse tal de 2012. De muito aprendizado, surpresas e conquistas.
Fiz muitos planos que não se concretizaram, ao mesmo tempo que conquistei diversos objetivos que estavam esquecidos.
Foi um ano de muita dor, perdi uma pessoa muito amada, minha avó materna. Com a perda dela, aprendi a valorizar cada minuto que passo com as pessoas que amo.
2012 trouxe também experiências novas. Estou aberta a novas amizades e a conhecer novos lugares. Quem me conhece sabe o quão "metódica" sou. E isso é um grande passo.
Esse ano me ensinou que existem amizades que valem a pena ser resgatadas. Re-descobri uma grande amiga. Com quem posso contar em muitos momentos.
Descobri que minha família é ainda mais incrível do que eu achava que era.
Recebi visitas de outras cidades para meu aniversário de 29 anos. E isso me faz descobrir o que é ser querida, amada.
Perdi alguns medos. Fiz 3 tatuagens em um só ano. Uma que homenageia meus ancestrais, uma que demonstra o laço com meus irmãos, e outra só minha, que me lembra a luta diária que tenho que enfrentar para alcançar os meus objetivos.
Perdi um amor. O que me ensinou muito.
Pessoas vem e vão o tempo todo. Somando e subtraindo experiências em minha vida. Algumas ensinam uma lição, outras marcam meu coração.
Como disse no começo do texto, aprendi muito, me surpreendi e conquistei.
Desejo que a cada dia desse novo ano, eu possa manter o espírito da descoberta, e que minha vontade de seguir em frente, continue me acompanhando, e não deixando nem por um minuto eu olhar para trás.

Bem vindo 2013, quero ser muito feliz junto com você.